Cedo da manhã do dia 20 de abril, as caravanas começaram a chegar em Limoeiro. Eram homens, mulheres, jovens e crianças vindos de longe e de perto para gritar pelas ruas de Limoeiro em alta voz, ecoando nos quatro cantos "companheiro Zé Maria, aqui estamos nós falando por você já que calaram sua voz".
Após a concentração no centro de pastoral da diocese de Limoeiro, os manifestantes sairam em marcha pela ruas da cidade. Houve panfletagem e apresentação de teatro ao ar livre. O panfleto entregue a população dizia: "Se na sabedoria popular tudo demais é veneno, pelo que temos observado, VENENO DEMAIS é sinônimo de destruição e de MORTE".
O dia 21 de abril, dia do assassinato do líder comunitário e ambientalista Zé Maria, tornou-se um dia de luta, pois do sangue dos mártires brota esperança e resistência. A luta contra o agrotóxico agora é permanente. "O assassinato de Zé Maria reuniu lideranças comunitárias, Igrejas, universidades e movimentos sociais na luta contra esse modelo de desenvolvimento que concentra terra, polui a água e o meio ambiente, traz sérios problemas de saúde para a população e compromete a qualidade de vida das gerações futuras", diz a carta convocatória para a mobilização.
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