terça-feira, 11 de junho de 2013

Comunidade do Cumbe realiza oficina sobre cartografia social



O final de semana parece terminar.Mas para os que estiveram na comunidade do Cumbe ele é um recomeçar. Os dias não terminam para os que lutam incansavelmente por uma sociedade justa, igualitária e livre. E a comunidade do Cumbe sabe muito bem o que significa lutar e resistir. Embora pareça a luta do Davi contra o Golias, a comunidade não se deixa intimidar diante dos grandes projetos depredadores.

Uma oficina sobre cartografia social foi realizada nos dias 08 e 09, na comunidade, pelos estudantes de geografia da Universidade Federal do Ceará - UFC. Segundo João Joventino, da comunidade do Cumbe, essa oficina faz parte de uma ação conjunta na semana do meio ambiente.

"O objetivo da oficina, cartografia social, é oferecer a comunidade um instrumental de luta e de poder. O reconhecimento do território como lugar de realização, espaço coletivo e livre fortalece a luta da comunidade que, na maioria das vezes, se vê refém das injustiças ambientais", afirma Joventino.

Para o estudante de geografia da UFC, Rafael Valente, "a cartografia social é um contraponto da cartografia, que trabalha a partir de mapas temáticos. Os mapas temáticos acaba não visualizando o todo, favorecendo os empresários em detrimento à comunidade". A cartografia social, diz Valente, nasceu nos anos 90 e objetiva a ajudar as comunidades a conhecerem sua história e seu território. Elas se localizam e se defendem, conclui.

Em apoio solidário e participativo, várias entidades, além dos estudantes do departamento de geografia da UFC, estiveram no Cumbe, entre elas a OPA - Organização Popular de Aracati e o MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

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