quarta-feira, 27 de julho de 2011

7º Mutirão Brasileiro de Comunicação

Construído com a presença de mais de 700 participantes, na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 17 a 22 de julho de 2011, o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação foi um espaço de aprofundamento e de lançamento de idéias e propostas sobre a comunicação. Refletido sob vários anglos e aspectos o tema Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidades trouxe aos participantes a possibilidade de lançarem olhares sobre si mesmos, o outro e o mundo nos processos comunicativos.

Os questionamentos de Dom Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício de Comunicação Social, foram pertinentes: O que comunicamos? Como comunicamos? Para que comunicamos? Nossa comunicação, segundo Dom Claudio, não deve ser para lograr privilégios e nem para ganhar adeptos, mas deve sempre dizer uma palavra de verdade e justiça. Ela deve ser profética e incômoda. E acrescentou: as rádios e televisões católicos não podem pensar que todos são cristãos. É preciso saber que há um estado laico.

Luiz Erlanger, presidente da central Globo de Comunicação, chamou a atenção para a questão da visibilidade e da identidade. Como a gente quer ser visto? Após analisar a presença da Igreja na mídia, Erlanger concluiu que há muita consulta em torno das estruturas e não dos conteúdos. Há muito potencial, mas falta uma conexitividade, algo que seja aglutinador e mostre o rosto, a identidade enquanto Igreja.

Ao falar sobre o papel do jornalista, Marcelo Canellas, jornalista da Globo, disse que o jornalista tem que ter a humildade intelectual de saber que não muda a realidade. Segundo Canellas quem muda a realidade é a sociedade civil organizada. O papel do jornalista, concluiu ele, é jogar uma luz sobre a realidade.

O Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Padre Carlos Josafá, compreende a comunicação como processo integrador. A comunicação de Deus, diz Josafá, deve estar articulada com a realidade humana, social, ambiental, cosmológica. As visões comunicativas fragmentadas não levam a nada.

O 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação fez a sua parte dando indicativos de como deve ser a nossa comunicação frente aos desafios e complexidades da cultura contemporânea, cabe, portanto, aos que lá estiveram socializar essa contribuição através dos diversos meios disponíveis.

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