Setembro é conhecido por todos nós como o mês dedicado a Palavra de Deus. Palavra que Cria, Palavra Redentora, Palavra que Comunica. No ato criador de Deus, onde ele expressa seu amor, há a Palavra pronunciada, gesto comunicativo que faz a vida desabrochar em meio ao caos. Em Jesus a Palavra se plenifica. Ele mesmo, verbo encarnado, é a própria mensagem, Palavra eterna do Pai. Todo processo comunicativo se sintetiza em Jesus.
A Palavra que se faz carne e habita entre nós, segundo São João, não é apenas alguém que vem falar do Pai, mas é o Deus conosco. Em Jesus o ser humano é capaz de compreender o pensamento divino, pois ele comunica à vida que recebe do Pai. As palavras de Jesus fazem com que todas as palavras sejam significadas e encontrem sentido.
Como interlocutor de Deus, o ser humano, e somente ele, dentre todas as criaturas, é chamado a participar do seu amor e do seu conhecimento. O ser humano, imagem e semelhança do criador, é o que há de mais profundo nessa relação comunicativa. Poder dialogar com o criador é privilégio do ser humano. Aqui se estabelece uma relação filial, uma aliança comprometedora. Uma comunicação que reside numa interatividade de comunhão.
Esse mês da Palavra nos pode ajudar a compreender os caminhos de um Deus comunicador. A história da salvação é a história da comunicação de Deus com o ser humano. Essa comunicação teve seu início na criação, quando Deus tomou a iniciativa de sair ao encontro do ser humano, dando-lhe o seu sopro de vida; passou pela libertação do povo da escravidão do Egito; atravessou o deserto; se fez Páscoa e se fez Pão.
O Deus que cria comunicando vida, espera da pessoa humana, imagem e semelhança sua, que esta também profira Palavra de vida e vida plena. Jesus, o comunicador do Pai por excelência, denunciou tudo e todos que se colocaram contra a vida. Toda comunicação que não se coloca a favor da vida está contra a sua própria essência.
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domingo, 11 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
A re(volta) das lamparinas em Jaguaribara no Ceará
Já era noite do dia 07 de setembro, quando a edição do 17º grito dos excluídos da diocese de Limoeiro do Norte chegava ao fim. Na praça de nome mutirão, as falas disseram o motivo da segunda parada: "Jaguaribara hoje passou por um milagre. No cotidiano vive às escuras. Lamparinas para iluminar a praça do mutirão e a noite da nova Jaguaibara, disse o coordenador do curso de História da FAFIDAM, professor João Rameres Reges". E o canto completava a denúncia: "Não deixe a lamparina apagar, pois ninguém sabe a hora que a COELCE vai chegar". O professor Reges concluiu sua fala dizendo que "a luz é sinal de esperança para os movimentos sociais no combate as trevas do capitalismo".
O eixão das águas do Castanhão, em Jaguaribara, foi o local escolhido para o início do grito dos excluídos que, após a mística de abertura e fala de Dom José, bispo diocesano, percorreu as ruas da cidade. Em sua fala de abertura Dom José Haring enfatizou que "Deus nos faz enxergar a realidade que estamos vivendo e por isso devemos abrir a mente para as possilidades que temos de trabalhar juntos. Irmãos caminhemos!"
Para o jovem Derlano dos Santos do MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens - "o maior objetivo do grito é a denúncia do que se chama de desenvolvimento. O que mudou na vida das pessoas? Prá quem o castanhão foi pensado? A barragem do castanhão trouxe mais mazelas do que benefícios." "Pela vida grita a Terra...Por direitos, todos nós!" foi o tema trazido pelo grito dos excluídos desse ano.
O eixão das águas do Castanhão, em Jaguaribara, foi o local escolhido para o início do grito dos excluídos que, após a mística de abertura e fala de Dom José, bispo diocesano, percorreu as ruas da cidade. Em sua fala de abertura Dom José Haring enfatizou que "Deus nos faz enxergar a realidade que estamos vivendo e por isso devemos abrir a mente para as possilidades que temos de trabalhar juntos. Irmãos caminhemos!"
Para o jovem Derlano dos Santos do MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens - "o maior objetivo do grito é a denúncia do que se chama de desenvolvimento. O que mudou na vida das pessoas? Prá quem o castanhão foi pensado? A barragem do castanhão trouxe mais mazelas do que benefícios." "Pela vida grita a Terra...Por direitos, todos nós!" foi o tema trazido pelo grito dos excluídos desse ano.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
CEBs em tempo de Justiça e Profecia
A cidade do Cedro, diocese de Iguatu, acolheu nos dias 03 e 04 de setembro o encontro das CEBs do bloco 3. O bloco é formado pelas dioceses de Iguatu, Limoeiro e Crato do regional Nordeste I. O encontro foi assessorado pelo Pe. Vileci Vidal, coodenador do secretariado para o 13º Intereclesial.
O encontro teve como tema de estudo: Justiça e Profecia a Serviço da Vida, que é o tema do Intereclesial. Em sua fala, Pe. Vileci destacou três elementos que caracterizam a profecia: a espiritualidade, a vivência em comunidade e a capacidade de fazer opção. Tudo isso, acrescentou ele, dentro do entendimento da proposta de Jesus.
Presente ao encontro do bloco, o bispo de Iguatu e referencial das CEBs do regional, dom João, dirigiu uma palavra aos participantes: "Estamos juntos nesta caminhada de CEBs. Não somos os iniciadores e não seremos nós a terminarmos esta caminhada, porque as CEBs irão continuar sua missão".
Um artigo de Marcelo Barros, monge Beneditino, encerrou o estudo. Intitulado Precisamos de profetas, o artigo chama a atenção para não esquecermos a memória daqueles e daquelas que não temeram doar a vida pelo Reino. O tempo deles não é passado, mas continua sendo hoje. É na memória dos profetas que "nos damos conta da herança profética que recebemos e, junto com cristãos, pessoas de outras confissões e todos os homens e mulheres que acreditam no amor e na justiça, renovamos nosso compromisso de serviço aos irmãos e luta pacífica para transformamos este mundo", diz Barros.
O encontro teve como tema de estudo: Justiça e Profecia a Serviço da Vida, que é o tema do Intereclesial. Em sua fala, Pe. Vileci destacou três elementos que caracterizam a profecia: a espiritualidade, a vivência em comunidade e a capacidade de fazer opção. Tudo isso, acrescentou ele, dentro do entendimento da proposta de Jesus.
Presente ao encontro do bloco, o bispo de Iguatu e referencial das CEBs do regional, dom João, dirigiu uma palavra aos participantes: "Estamos juntos nesta caminhada de CEBs. Não somos os iniciadores e não seremos nós a terminarmos esta caminhada, porque as CEBs irão continuar sua missão".
Um artigo de Marcelo Barros, monge Beneditino, encerrou o estudo. Intitulado Precisamos de profetas, o artigo chama a atenção para não esquecermos a memória daqueles e daquelas que não temeram doar a vida pelo Reino. O tempo deles não é passado, mas continua sendo hoje. É na memória dos profetas que "nos damos conta da herança profética que recebemos e, junto com cristãos, pessoas de outras confissões e todos os homens e mulheres que acreditam no amor e na justiça, renovamos nosso compromisso de serviço aos irmãos e luta pacífica para transformamos este mundo", diz Barros.
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