Tudo é graça de Deus! E eu tive a graça de participar de mais um Nordestão de Cebs, o sexto. Sobre ele muita coisa já foi dita, desde o primeiro dia, 19 de julho. Fiquei pensando sobre o que eu poderia estar contribuindo, principalmente para com os que lá não estiveram. Talvez dizer o não dito seja a minha melhor contribuição.
O tema do sexto Nordestão de Cebs foi o tema Justiça e Profecia no Nordeste, em sintonia com o 13º Intereclesial que acontecerá em janeiro de 2014, na diocese de Crato, Ceará. No Nordestão muitas temáticas foram trabalhadas em ralação ao tema central, todas voltadas para um cunho social, político e econômico. É aqui que pretendo contribuir, pois algo sobre a Profecia que não foi dito ficou engasgada na garganta de muitos que ali estiveram.
Somos sabedores que a Profecia é também de âmbito religioso e cultural, ou seja, ela perpassa todos os seguimentos, ambientes, lugares e poderes. O profeta e a profetisa voltam seus olhares para as realidades destoantes da proposta de Reino de Deus, seja ela qual for e onde for, denunciando o desvio e propondo a realidade a ser colocada em prática.
O que passo a narrar não foi do conhecimento de todos, mas têm sido uma constante na maioria de nossas CEBs e grandes encontros como o Nordestão e os Intereclesiais. O Ceará, Regional NE I, deveria ser o responsável pela liturgia de encerramento do sexto Nordestão de CEBs. Digo deveria, porque na verdade não o foi. Uma equipe diocesana de liturgia (diocese de Itabuna) foi quem direcionou os rumos da celebração. A participação dos povos indígenas na entrada foi barrada e até mesmo os nossos “panos” coloridos que significam muito em nossa caminhada foram tidos como não dignos de estarem no altar. Enfim, tivemos uma celebração engessada, puramente romanizada.
O grito veio ao final da celebração, quando aos povos Indígenas foi dada a oportunidade de apresentar um ritual de ação de graças. Em seguida a dança dos Pataxós, a delegação do Ceará entrou organizada com um grito profético dizendo basta a opressão também dentro da Igreja instituição. Afinal veio um grito. E quantos gritos ainda ficarão para o final?
O tema do 13º Intereclesial de CEBs é provocador, e não podemos deixar passar essa oportunidade de refletirmos, profeticamente dentro da Igreja, as questões pendentes que aos olhos da profecia estão se distanciando da proposta de Reino trazida por Jesus de Nazaré. Justiça e Profecia a Serviço da Vida também entre nós! Penso que temos o direito de celebrar nossa caminhada, a partir de nossa espiritualidade orante, peregrina e profética.
Olá,
ResponderExcluirMeu nome é Olavo.
Você saberia dizer se existe alguma CEB em Goiás que eu possa visitar?
Tenho interesse em conhecer o trabalho de vocês.
Você poderia me responder por emeio?
Meu emeio é olavocpa@gmail.com
Att,
Olavo.