domingo, 26 de abril de 2015

Rede Globo: 50 anos a serviço do capital



Um dos mitos do jornalismo, a imparcialidade, fica evidente quando se fala de Globo, pois são 50 anos de desserviço à sociedade e de apoio irrestrito ao capital. Durante esse período, a Globo fez questão de dizer de que lado estava, afinal de contas, sendo filha de quem é, a ditadura, não poderia ser diferente. Ela, que foi o principal grupo de telecomunicações beneficiada pela Política de Integração Nacional criada pelos militares, tornou-se porta-voz do regime.

Em seus 50 anos, a Rede Globo de Televisão vem comandando o novo coronelismo,"o coronelismo eletrônico", colocando interesses privados e privaticidas como sendo interesses públicos, configurando-se uma relação de clientelismo entre os meios de comunicação e o Estado, a serviço do grande capital. Essa prática, já em 1861 foi denunciada por Karl Marx em relação aos jornais londrinos que, segundo ele, "não representavam a opinião popular, mas a voz dos políticos que lhe dariam benefícios."

A relação entre as organizações Globo e o Estado é extremamente estreita e seu poder de influência é gigantesco. Tancredo Neves chegou a afirmar, numa conversa com Ulisses Guimarães, que brigava com o Papa, com a Igreja Católica, com o PMDB, com todo mundo, menos com o “Doutor Roberto”.

Vários episódios envolvendo a Rede Globo de Televisão dão conta de que não há o que se comemorar nesses cinquenta anos. Entre eles, podemos citar: a omissão durante a campanha pelas Diretas Já em 84, já que se tratava de uma ameaça ao regime militar; a fraudulenta edição do debate entre Lula e Collor, na eleição de 89, pois temiam a vitória de Lula; e, mais recentemente, a transformação das manifestações populares justas em vandalismo. 

Em nome de uma falsa liberdade de imprensa, os barões da mídia continuam construindo seus impérios e monopólios, amparados pelo Estado e prestando irrestrito serviço ao capital. Até mesmo o governo do PT, que se esperava fosse enfrentar essa ditadura midiática, acabou por render-se aos caprichos da "Senhora do Destino". 

Mas, como todo império, este também não é inabalável.Mesmo criminalizados, os movimentos populares continuam nas ruas, enfrentando o poder da mídia e gritando: O POVO NÃO É BOBO, FORA REDE GLOBO!




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