O fascismo é um movimento político produzido por elites capitalistas em momentos de profunda crise econômica e social, quando não mais vislumbram possibilidade, ou não têm capacidade, de resolvê-la.
O fascismo não é e não tem ideologia própria, mas usa ideologias autoritárias para dominar pelo medo físico, e o irracionalismo ao capturar as mentes pela confusão e ignorância produzidas.
O Partido Fascista italiano nasceu gabando-se de que trouxe uma nova ordem revolucionária; mas foi financiado pelos mais conservadores entre os latifundiários que esperavam dele uma contra-revolução.
Assim Umberto Eco fala do fascismo italiano, criado e dirigido por Mussolini.
O fascismo usa e abusa do irracional e conservador para submeter a população alienada politicamente a uma “ideologia” também irracional.
Quando a luta dos pobres e dos trabalhadores avança sobre o capital, as elites assumem o fascismo como ponta de lança de sua dominação.
Como funciona a aproximação do fascista do público alvo
Nas crises, as demandas e necessidades legítimas da sociedade, (como a insegurança, o desemprego, a falta de moradia, a quebra de tradições, etc.) são manipuladas e transformadas em culpas de um inimigo imaginário, ao mesmo tempo concreto e surreal.
O fascista põe na boca da população através de repetições massivas e sistemáticas, mentiras que parecem ser verdades absolutas. Bandido bom é bandido morto, por exemplo, mas não diz quem é o bandido; numa sociedade multirracial e multicultural normalizam um estereótipo e transformam o diferente em inimigo. Assim o negro, a mulher, o homossexual, o comunista são transformados em perigosos inimigos da nação e do desenvolvimento e causas do desemprego, da corrupção e de todos os males reais que afligem a população. Quem não lembra dos kit gay, das mamadeiras de piroca?
O que importa é dominação da sociedade de maneira controlada econômica e socialmente – politicamente, enfim!
Por prof. Isaías Júnior, colaborador da OPA.
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