Aproximadamente 300 famílias organizadas na Unidade
Classista ocuparam, na madrugada do dia 22, no Conjunto Ceará, em Fortaleza-CE,
um prédio inacabado e com obra paralisada da prefeitura municipal. A luta
possui três objetivos principais: escola, casa e saúde.
Segundo informações, o imóvel sediaria a instalação de
uma escola profissionalizante. A mobilização visa pressionar os órgãos
competentes para conclusão da obra e a rápida entrega aos moradores e moradoras
do bairro.
As famílias também lutam pelo direito constitucional
à moradia. Alarmante contradição, já que Fortaleza aparece no cenário nacional
como uma das cidades mais lucrativas para empresas da construção civil.
Na ocupação, muitos possíveis focos de doenças foram
encontrados. A água parada toma conta da laje abandonada. Inúmeros são os casos
de dengue, zica e chikungunya nas imediações. As famílias acampadas estudam
métodos para sanar localmente o problema e esperam contar com a participação de
pessoas do bairro. O descaso do executivo para com as classes populares é
igualmente denunciado.
Segundo Jéferson, da coordenação estadual da Unidade
Classista, “é na construção do Poder Popular que encontramos nossa forma
própria de fazer política. Nossa luta é de reivindicação, de denúncia, mas,
através dela, também apontamos para a sociedade que queremos um dia
experimentar.”
Até a conclusão da matéria, a prefeitura ainda não
havia se pronunciado a respeito.
Por Thales Emmanuel, militante do Movimento dos/as
Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST) e da Organização Popular (OPA).
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