segunda-feira, 24 de abril de 2017

Famílias ocupam obra paralisada em reivindicação por escola, moradia e saúde



Aproximadamente 300 famílias organizadas na Unidade Classista ocuparam, na madrugada do dia 22, no Conjunto Ceará, em Fortaleza-CE, um prédio inacabado e com obra paralisada da prefeitura municipal. A luta possui três objetivos principais: escola, casa e saúde.
Segundo informações, o imóvel sediaria a instalação de uma escola profissionalizante. A mobilização visa pressionar os órgãos competentes para conclusão da obra e a rápida entrega aos moradores e moradoras do bairro.
As famílias também lutam pelo direito constitucional à moradia. Alarmante contradição, já que Fortaleza aparece no cenário nacional como uma das cidades mais lucrativas para empresas da construção civil.
Na ocupação, muitos possíveis focos de doenças foram encontrados. A água parada toma conta da laje abandonada. Inúmeros são os casos de dengue, zica e chikungunya nas imediações. As famílias acampadas estudam métodos para sanar localmente o problema e esperam contar com a participação de pessoas do bairro. O descaso do executivo para com as classes populares é igualmente denunciado. 
Segundo Jéferson, da coordenação estadual da Unidade Classista, “é na construção do Poder Popular que encontramos nossa forma própria de fazer política. Nossa luta é de reivindicação, de denúncia, mas, através dela, também apontamos para a sociedade que queremos um dia experimentar.”   
Até a conclusão da matéria, a prefeitura ainda não havia se pronunciado a respeito.


Por Thales Emmanuel, militante do Movimento dos/as Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST) e da Organização Popular (OPA).

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