Por Josenilson Doddy*
Ontem,
10 de abril, em Aracati-CE, a Organização Popular (OPA), junto ao Movimento
dos/as Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST), Pastoral da Juventude do Meio
Popular (PJMP) e Fórum Comunitário de Aracati se mobilizaram para reivindicar
audiência com o executivo do município.
A
comissão de aproximadamente 150 pessoas trazia pautas de 15 comunidades quando
foi barrada na entrada da prefeitura por forte aparato da guarda municipal. Com
o portão do órgão “público” fechado, a guarda lançou spray de pimenta contra os/as manifestantes. A repressão foi oferecida
pelo prefeito Bismark Maia (PTB) em resposta às necessidades e demandas
trazidas pelo povo.
Segundo relatos, esta tem sido a política do atual prefeito: aprofundar o
sucateamento do sistema público de saúde e educacional, fechando postos de
atendimento e escolas nas comunidades, reduzindo investimentos, além da
resistência em renovar o convênio com o Hospital e Maternidade Santa Luísa de
Marillac, fundamental à vida de crianças e mulheres da região. Sem contar as estradas, que se
encontram intransitáveis e sem previsão de reforma. "O prefeito tem práticas do coronelismo."
Para
Tiago Pereira, militante do MST, “é mais uma prova de que o povo não pode
esperar boas coisas de quem está no poder amparado por interesses de grandes
empresas. A verdadeira política do povo vem das ruas, da luta. Somente o povo
organizado será capaz de mudar essa triste realidade e fazer as transformações
sociais necessárias.”
“Hoje
fomos desrespeitados, mas voltaremos com mais gente. Ninguém é maior que a
força do povo. O que é público será público. Não desistiremos de nossos
direitos. Lutaremos por eles até o fim.” Declarou Gil, da comunidade Cajueiro
e da OPA.
A manifestação durou
das 8 às 14:30 horas, período em que nem o prefeito apareceu nem o centro
administrativo da prefeitura funcionou.
*Josenilson Doddy é militante da OPA e da PJMP.
É uma vergonha o que está acontecendo no nosso Aracati, nossas crianças sem transporte escolar, as escolas sem um auxiliar de serviços para limpar, sendo varrida por professores, diretores e alunos, professores sendo perseguidos, falta médicos e materiais nos postos de saude das comunidades... Sou a professora Romilda passei em primeiro lugar no processo seletivo é estou fora, pq o coronel não me quis na tropa dele, só pq não fiquei calada diante tanta falta de compromisso com a população. Colocaram spley no nosso rosto mas não vamos nos intimidar, pois o público é nosso e vamos lutar...Vc prefeito Bismarck Maia é o nosso empregado e tem que trabalhar para nós, pois estás na prefeitura para administrar nossos recursos, se vc não sabe disso vá estudar para aprender...
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